A calprotectina fecal, um dos marcadores fecais  não invasivos, foi útil na identificação e estratificação de risco entre pacientes com doença de Crohn (DC), descobriu um estudo recente publicado na Clinical Gastroenterology and Hepatology . Com base em 4 grupos, a calprotectina fecal foi significativamente associada ao tabagismo e ao envolvimento gastrointestinal superior.

Embora a colonoscopia seja o padrão ouro para monitorar doenças inflamatórias intestinais, ela é cara, invasiva e apresenta alguns  riscos. A calprotectina fecal está emergindo cada vez mais como um valioso marcador fecal não invasivo para monitorar a inflamação.

Para o estudo de coorte retrospectivo, a equipe analisou dados da unidade de DII de Edimburgo, que incluiu 2.856 medições de calprotectina fecal de 356 pacientes recém-diagnosticados com DC durante um período de 5 anos. Os resultados foram divididos em 4 grupos distintos com base em perfis característicos de calprotectina caracterizados ainda por tendências longitudinais descendentes.

As descobertas revelaram que “a participação no grupo foi significativamente associada ao tabagismo (P = 0,015), envolvimento gastrointestinal superior (P < 0,001) e terapia biológica precoce (P < 0,001)”.

“Em vez de utilizar apenas parâmetros clínicos, considerar a calprotectina fecal ao longo do tempo permite uma abordagem de classificação baseada na inflamação e pode permitir a estratificação de risco no futuro”, observaram os pesquisadores.

Referência:
Constantine-Cooke N, Plevris N, Gros B et al. Perfis longitudinais de calprotectina fecal caracterizam a heterogeneidade do curso da doença na doença de Crohn. Clin Gastroenterol e Hepatol. Publicado on-line: 30 de março de 2023. DOI: https://doi.org/10.1016/j.cgh.2023.03.026 .