Os indivíduos com doença inflamatória intestinal podem ter reações alérgicas a alguns alimentos, mas é importante saber que as DII não estão relacionadas às alergias alimentares. Portanto, alguns pacientes podem apresentar alergia ou intolerância alimentar do mesmo modo que pessoas que não têm a doença.
A confusão é comum pois, nos períodos em que a doença está em atividade, é preciso evitar alimentos flatulentos, ricos em fibras insolúveis, gorduras e açúcares em excesso e, em alguns casos, laticínios.
Para evitar confusões, é importante saber a diferença entre alergia e intolerância alimentar.
As alergias alimentares são reações do sistema imunológico contra proteínas presentes em alguns alimentos e ocorrem quando o organismo reconhece esses elementos como inimigos e aciona o sistema de defesa.
Essas manifestações podem ocorrer imediatamente ou levar alguns dias, e apresentam sintomas bem variados, como manchas na pele, inchaço nos olhos e na boca, vômitos, diarreias e até reações graves que podem comprometer vários órgãos. “Os alimentos mais comuns que desencadeiam reações alérgicas são leite, ovo, soja, trigo, amendoins, castanhas, crustáceos e peixes.
No entanto, pode haver outros, dependendo da região e dos hábitos alimentares. As alergias se manifestam primariamente na infância e o indivíduo pode, ao longo da vida, desenvolver uma intolerância ao alimento”, explica a nutricionista Elaine de Fatima Adorne, coordenadora de Nutrição do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (HSL-PUC-RS).
Já as intolerâncias alimentares são reações não imunológicas que podem decorrer de doenças metabólicas, intoxicações, deficiências enzimáticas ou outras situações que envolvam alimentos. Um bom exemplo é a lactase, enzima responsável pela digestão do açúcar do leite (a lactose), cuja ausência pode levar à intolerância à lactose.