Os pacientes pediátricos podem e devem levar a vida normalmente, interrompendo as atividades do dia a dia apenas quando há sintomas das DII, como diarreia, embora esses episódios sejam raros quando há tratamento e acompanhamento médico adequados.
A família tem um papel importante e deve colaborar, mantendo hábitos saudáveis e alimentação correta para conscientizar a todos sobre a importância de não interromper o tratamento.
Na escola, os pais devem informar aos professores que a criança pode ter episódios de necessidades especiais.
“O esclarecimento deve ser feito de maneira formal, por meio de uma carta à direção da escola que, por sua vez, deverá informar aos professores e funcionários. Sugiro incluir relatório médico com a relação dos medicamentos e horários que devem ser administrados”, ensina a médica Themis Reverbel da Silveira.
O relatório médico deve ser aceito quando atestar a impossibilidade de a criança comparecer às aulas – a legislação brasileira permite ausência de 25% do total da carga horária. Além disso, professores e colaboradores da escola não devem impedir o uso dos banheiros pelos alunos com DII, independentemente do horário.
A prática de exercícios físicos também é fundamental para o convívio social e o bem-estar físico de crianças e adolescentes, e os esportes só são contraindicados quando a doença está em fase intensa.
As atividades na piscina também são limitadas para aqueles pacientes que usam ostomias. Outra orientação é que os pacientes pediátricos não devem ser excluídos das festas da família e dos aniversários dos amigos. “Mesmo que sejam datas nas quais são servidos salgados fritos, refrigerantes e comidas industrializadas – alimentos não recomendados –, o consumo eventual não é tão danoso.
Queremos que as crianças se sintam absolutamente entrosadas com os colegas, até porque a saúde mental faz toda a diferença para o controle da doença inflamatória intestinal”, pontua o professor doutor Jose Vicente Noronha Spolidoro.